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Postado em quinta, 23 janeiro 2014 17:43
Casais brasileiros têm problemas sexuais sériosUma
pesquisa mostrou que 51% dos homens e 56% das mulheres brasileiras se
declaram infelizes com a vida sexual. Ainda, 93% admitem manter tabus em
relação ao sexo.
O estudo Durex Global Sex Survey foi divulgado nesta terça-feira (21).
Foram entrevistados pela internet 1.004 homens e mulheres com idades entre 18 e 65 anos no Brasil.
Outros 36 países participaram do estudo. Ao todo, a levantamento entrevistou 29 mil pessoas.
As causas para essa infelicidade, segundo o estudo, são diversas. Uma delas é a dificuldade para reconhecer disfunções sexuais.
Mais de 60% dos entrevistados têm bloqueios em admitir problemas relacionados à sexualidade.
A falta de comunicação entre os casais também é apontada.
"Embora
haja maior consciência individual sobre a sexualidade, a ausência de
diálogo ainda é um entrave para a satisfação", explica Carmita Abdo,
psiquiatra e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São
Paulo, que esteve presente na divulgação da pesquisa.
A
especialista acredita que o comportamento sexual de homens e mulheres no
Brasil ainda é mediado por tabus que dificultam a comunicação entre
parceiros. "Nem todo mundo sabe quais são suas vontades e de que maneira
é possível comunicá-las", explica. "As mulheres se conhecem mais, mas
ainda têm medo de magoar o parceiro", afirma a psiquiatra. "E no fundo o
homem quer saber e prefere que ela fale." Mesmo com essa insatisfação,
mais de 60% dos brasileiros acreditam ser possível manter o entusiasmo
no sexo em relacionamentos mais longos e 82% declaram ter pelo menos uma
relação sexual por semana.
Diferenças entre gêneros O estudo revela que 28% das mulheres chegam ao orgasmo mais facilmente com a masturbação, contra 17% dos homens.
Durante
a relação sexual, só 22% delas afirmam chegar frequentemente ao clímax
–entre os homens esse número chega a 56%. Essas diferenças também se
demonstraram em relação à aprovação da prática do sexo casual: 24% dos
homens se declaram contra. Entre as mulheres, essa desaprovação é de
40%. O sexo com alguém que não seja o parceiro é considerado traição por
91% das mulheres –esse índice cai para 78% entre os homens. Também 12%
dos homens afirmam fazer sexo diariamente, contra 5% das mulheres.
Seguro e liberalBrasileiros
tendem a ter mais atividades durante o sexo, além da penetração, quando
comparado a média global. Enquanto no restante do mundo a prática de
sexo anal é de 8%; no Brasil, esse índice sobe para 15%.
Também 50% dos brasileiros recebe sexo oral, contra 33% da média mundial.
O
Brasil registrou a maior proporção no uso do preservativo durante a
primeira relação sexual (66%), seguido da Grécia (65,5%) e Coreia do Sul
(62,8%).
Folha de S. Paulo