Polícia investiga suposto homicídio a tijolada em Jacobina
Escrito por: Rafael Cerqueira
A
Polícia Civil de Jacobina investiga um suposto homicídio que pode ter
sido cometido no município na noite do último sábado, 23, no bairro da
Serrinha. O pedreiro Gilberto Vieira da Silva, de 38 anos, morreu nas
dependências do hospital Regional de Jacobina no último domingo, 24,
depois de ser, segundo informa os familiares, vítima de agressão física
durante uma festa de fogueira de ramos realizada no bairro da Serrinha
na noite do sábado dia 23. A senhora Rita Maria Batista da Silva, esposa
da vítima, disse que o marido chegou em sua casa, na Travessa
Tiradentes, no fim da noite de sábado, se queixando de fortes dores na
cabeça provocadas, segundo informou ele, por uma tijolada que levou na
cabeça após ter se envolvido em uma confusão com duas pessoas na citada
festa realizada na rua do Cruzeiro. Pouco tempo depois de chegar,
Gilberto teria piorado e desmaiado na rua, sendo levado pelos parentes
até o hospital Regional para receber atendimento médico, aonde veio a
falecer já por volta das 13 horas do domingo. Após ouvir o relato de
algumas testemunhas da confusão, que disseram aos parentes que Gilberto
teria sido agredido a socos, chutes e por uma tijolada na cabeça, a
família decidiu prestar uma queixa na Polícia Civil para que o caso
fosse investigado. “Meu marido era uma pessoa que não mexia com ninguém,
ele bebia muito, mas era trabalhador e uma pessoa tranquila, o que
fizeram com ele foi uma covardia: disse dona Ritinha". Segundo
informações colhidas no fim da manhã de hoje com o delegado titular do
município, Dr Clériston Jambeiro, o caso já está sendo investigado e as
pessoas acusadas da agressão já estão sendo intimadas e estão sendo
ouvido, um dos envolvidos inclusive é menor. Mas, segundo o delegado, o
processo investigativo foi prejudicado pelo fato de o corpo não ter sido
enviado ao IML local para realização do serviço de necropsia, para se
saber de forma definitiva a real causa morte da vítima. Estamos
trabalhando segundo o relato das testemunhas e o depoimento dos
acusados, mas a causa morte ainda não foi definida, pois o corpo não foi
necropsiado e nem o hospital identificou a causa morte nem expediu
atestado de óbito até o momento, explica o delegado. Segundo os
familiares, após o óbito, o hospital liberou o corpo para sepultamento e
disse que eles teriam que retornar ao serviço social do hospital na
segunda para pegar o atestado. “Desde então estamos tentando pegar o tal
documento, mas a assistente social diz agora que o atestado tem que ser
pegue na delegacia, mas aqui na delegacia fomos informados que o
documento tem que ser expedido pelo hospital, já que a morte ocorreu lá e
o corpo foi liberado pela unidade de saúde sem a realização de
necropsia, "procedimento de praxe em casos de morte violenta", para ser
sepultado.
A
certidão só seria emitida na delegacia se o corpo tivesse sido
necropsiado, disse Tato, irmão da vítima, por volta das 11h20 desta
quinta, quando saia desolado da delegacia rumo ao hospital novamente,
Não aguento mais esta humilhação, além de perder meu irmão, tenho que
enfrentar esta peregrinação para provar que ele morreu, desabafou.
Polêmicas
à parte, as investigações continuam e provavelmente, caso as
investigações apontem que Gilberto foi realmente espancado, seu corpo
deva passar por uma exumação para que seja então definida a causa morte.
Continua também a peregrinação da família em busca da certidão de
óbito. E nós continuaremos a acompanhar o caso. Gilberto tinha duas
filhas, Adriele Batista, de 13 anos, e Alicia batista, que choram a
morte precoce do pai.
Emerson Rocha / Bahia Acontece.
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