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Notícia postada no dia 09/10/2014
Notícia postada no dia 09/10/2014
A candidata derrotada na disputa presidencial Marina Silva (PSB) esteve nesta quarta-feira (8), em São Paulo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à véspera da data marcada para o anúncio de seu apoio à candidatura do tucano Aécio Neves no 2.º turno da eleição. O encontro ocorreu pela manhã, no apartamento do tucano, horas antes de o PSB, partido ao qual Marina está filiada, anunciar a adesão a Aécio. A expectativa é de que a ex-ministra, que ficou em terceiro na disputa, faça o mesmo hoje. Mas o anúncio poderá ser adiado, já que ela decidiu que não irá a Brasília participar da reunião da coligação dos partidos que a apoiou na campanha. Ontem, porém, Marina recebeu o aval da Rede Sustentabilidade - partido que a ex-ministra tentou criar no ano passado, mas teve o registro negado pela Justiça Eleitoral - para apoiar Aécio. De acordo com o porta-voz da Rede, Walter Feldman, o grupo decidiu que não há como apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e que é importante que haja alternância de poder. "A síntese do que decidimos é que a mudança significa hoje o voto em Aécio, nulo ou branco. Essas seriam as três posições que a Rede considera adequadas", disse. Feldman reforçou que a Rede quer destacar pontos programáticos para orientarem o posicionamento dos eleitores nesta segunda fase da campanha. Citou como exemplos, além da reforma política e do desenvolvimento sustentável, a reforma agrária e a demarcação das terras indígenas. O grupo vinha demonstrando resistência a endossar o nome do tucano, mas cedeu aos apelos da ex-ministra. A colunista do Estado Sonia Racy revelou que 75% dos "sonháticos" defendiam um posicionamento da ex-candidata contra a reeleição de Dilma, mas não, explicitamente, a favor de Aécio. Segundo Feldman, muitos integrantes da Rede se mostraram desconfortáveis com a opção de apoiar Aécio e, por isso, optou-se por indicar também a opção de anular o voto. "Nós admitimos a existência daqueles que não querem votar na polarização", disse Feldman. A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon, que concorreu ao Senado na Bahia pelo PSB e é integrante da Rede, explicou que o grupo não vai assumir o programa do candidato tucano e que há muitos integrantes da Rede que não farão campanha a Aécio. Eliana, porém, fez questão de destacar que tem um posicionamento pessoal mais "pragmático". "Se ele for a Bahia, eu subo no palanque", afirmou. Apesar de Marina ainda não ter declarado publicamente o apoio a Aécio, Feldman disse ontem à tarde que a candidata derrotada deve ter uma participação ativa no 2.º turno. "Ela vai acompanhar ativamente, mas não terá o dinamismo e a profundidade que tem uma candidata." Feldman, contudo, afirmou que é a própria Marina quem vai detalhar como será essa participação. (Estadão)
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