Empresários recebendo
Bolsa Família pagou R$ 56 milhões a falsos pobres em Alagoas
Raio-X do MPF vê 14 mil perfis suspeitos do Bolsa Família em AL
Publicado: 11 de novembro de 2016 às 10:20
Em
Alagoas, foram pagos R$ 50 milhões a empresários; R$ 4 milhões a
servidores públicos; R$ 1 milhão a falecidos; R$ 167 mil a doadores de
campanha (Foto Alina Souza/Palacio Piratini)
Nesta primeira fase foram encontrados indícios de irregularidades em todos os municípios alagoanos, razão por que foram expedidas recomendações a todas as prefeituras. Ainda assim, Alagoas foi o antepenúltimo Estado em número de perfis de beneficiários suspeitos no Brasil.
Maceió é a 19ª capital do País e sexta do Estado em número de suspeitas, com 3,35% do total de perfis de beneficiários considerados suspeitos. O município de Rio Largo é o campeão alagoano do ranking de pagamentos irregulares do Bolsa Família, com 4,3% de perfis suspeitos, seguido de Penedo com 4,17% e Pilar com 3,60%. Já o município de Belém apresentou o menor percentual de perfis suspeitos, com apenas 0,39% com relação ao total de recursos pagos pelo programa.
AS SUSPEITAS
O diagnóstico apontou grupos de beneficiários com indicativos de renda incompatíveis com o perfil de pobreza ou extrema pobreza exigido pelas normas do Bolsa Família. Do montante de R$ 56 milhões pago a perfis suspeitos foram R$ 50 milhões pagos a empresários; R$ 4 milhões a servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas; R$ 1 milhão pagos a beneficiários falecidos; R$ 167 mil a doadores de campanhas que doaram valores superiores ao benefício recebido; R$ 66 mil a servidores públicos doadores de campanha (independentemente do valor da doação).
Veja o Raio-X das irregularidades:
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