sexta-feira, 19 de junho de 2015

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Notícia postada no dia 19/06/2015

Graças às articulações feitas pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) conseguiu aprovar no Congresso Nacional matérias que integram o pacote de medidas do ajuste fiscal do governo, elaborado para conter gastos da máquina pública federal. Com essa defesa, o presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, não acredita na concretização de uma possível sabotagem articulada dentro do Palácio do Planalto contra a atuação de Temer, nomeado recentemente como articulador político do governo petista.

As acusações foram feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada neste final de semana. Cunha avisou que qualquer tentativa de boicote ao vice-presidente resultará em uma ruptura do PMDB com o PT. “O PT é um partido com muitos defeitos, mas eles não são, conscientemente, suicidas. Sem o PMDB, o governo acaba”, opinou Geddel, em entrevista à Tribuna.

Para o dirigente estadual, que já foi aliado dos petistas, inclusive ocupou o cargo de ministro da Integração Nacional e depois se tornou vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica, o governo Dilma depende de Michel Temer. “Tudo o que eu gostaria é que eles boicotassem Michel para ver se minha posição se torna cada vez mais majoritária, e o PMDB se afasta do PT como eu me afastei. Mas, se depender deles, eles ficam nesse lero-lero, nessa escaramuça, mas não tomam atitude nenhuma, porque eles (o PT) estão isolados. Eles não podem e não têm cacife para boicotar Temer. O governo depende dele”, defendeu.

Já Eduardo Cunha informou que dificilmente o PMDB manterá uma aliança com o PT, o que foi corroborado por Geddel. “Infelizmente, o PMDB ainda tem dado sustentação a esse governo que tanto mal tem feito ao País. O PMDB termina pagando o preço por conta disso, mas o povo brasileiro tem inteligência suficiente para saber que o PMDB não conduziu o País, não tinha força para colaborar com a política econômica. Não ouviram o PMDB para nada. Chamaram o Temer agora quando perceberam que estavam à beira do precipício”, criticou, ao citar a fábula do escorpião e do sapo. “Defendo que o PMDB deixe logo esse governo e diga os motivos. Deixará porque o PMDB não influencia na elaboração da política econômica, toda hora um estresse, como esse de boicotar o Temer. O PT é um escorpião. É sempre assim. O PT está sempre ferroando aqueles que os ajudam a atravessar o rio”, alfinetou.

Nos bastidores, comenta-se em Brasília que entre os articuladores para a suposta tentativa de tirar Temer do atual posto estaria o ministro da Defesa e ex-governador Jaques Wagner (PT), além do ministro da Casa Civil, Aloísio Mercadante, que integra o chamado núcleo duro do governo petista. Entretanto, para Geddel, Wagner não estaria tendo tempo e espaço junto à presidente Dilma e a cúpula governamental. “Jaques Wagner não consegue articular nem a preservação da Codevasf. Ele não conseguiu articular a ida dele para um ministério que pudesse ajudar a Bahia. Tribuna da Bahia.

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