Empresa usada em esquema na Transpetro era de ex-vice-prefeito de Ourolândia
QUINTA-FEIRA, 23 DE NOVEMBRO DE 2017
Uma das empresas utilizadas pelo ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus, para o recebimento de R$ 7 milhões em propina, conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a JRA Transportes tinha como um de seus sócios José Roberto Soares Vieira, ex-vice-prefeito de Ourolândia pelo PT.
Ao concorrer ao cargo no pleito de 2012, o petista informou possuir 50% das cotas da companhia, no valor de R$ 250 mil. Em 2014, ele gravou vídeo em que declarou apoio à campanha do deputado federal Nelson Pelegrino à reeleição. Como pessoa física, doou R$ 1 mil ao parlamentar.
A relação entre o ex-gerente da Transpetro e o partido já havia sido apontada por Luiz Fernando Nave Maramaldo, executivo da NM Engenharia, em delação premiada.
Conforme o delator, ao cobrar um porcentual por contratos fechados entre a NM e a Transpetro, Jesus dizia que os valores eram destinados ao PT. Além disso, o ex-gerente da Transpetro já fez doações eleitorais à legenda, na campanha eleitoral de 2010.
Jesus e Roberto tiveram a prisão preventiva solicitada pelo MPF. Ao analisar o pedido, o juiz Sérgio Moro autorizou a prisão temporária do ex-gerente da Transpetro, pelo prazo de cinco dias, mas manteve Roberto em liberdade.
A partir do exame de mensagens de e-mails, o Ministério Público Federal aponta que Jesus era o gestor da JRA Transportes, na qual era representado formalmente por seu filho, Victor Hugo Fonseca de Jesus.
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