O
réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão, incriminou no início da madrugada
desta quinta-feira (22) o goleiro Bruno pelo desaparecimento e morte de
Eliza Samudio, em junho de 2010. “Não sou assassino”, disse Macarrão ao
advogado assistente de acusação. O interrogatório durou cerca de cinco
horas.
Macarrão disse ter levado de carro a
ex-amante do goleiro até um local indicado pelo jogador, próximo da Toca
da Raposa, centro de treinamento do Cruzeiro, em Belo Horizonte. “Ele
ia levar ela para morrer”, afirmou. Um Fiat Palio escuro a esperava.
Macarrão disse que saiu rápido do lugar e não viu o que ocorreu depois,
segundo o jornal Folha de S.Paulo. “Eu estava apavorado. Quase bati o
carro”.
Macarrão, então começou a chorar. Ele
disse ter tentado convencer Bruno a desistir de assassinar Eliza.
“Bruno, estou falando, deixa essa menina em paz. O Cleiton já foi preso.
O Jorjão já foi preso. Não quero ser mais um a entrar no sistema.
Qualquer coisa que acontecer, vão colocar a culpa em mim”, disse o réu.
Segundo Macarrão, Bruno teria dito: “faz
o que estou dizendo, larga de ser bundão”. “Sou pica. Sou Bruno.”
Segundo o réu, Bruno enganou Eliza, que achava que estava sendo levada
para um apartamento.
Macarrão disse que se soubesse onde está
o corpo da ex-namorada de Bruno, contaria. Ele desmentiu a versão
contada por Sérgio Rosa Sales Camelo, primo do goleiro, que partes do
corpo de Eliza teriam sido jogadas para cães da raça rottweiler. O
julgamento será retomado às 13h30 desta quinta-feira. (Correio)
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