Paredão de som em carros será multado e apreendido segundo nova resolução do Contran
Punição será para veículos estacionados ou que estejam em movimento.
Correio.
A nova
resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece a
fiscalização de sons produzidos por veículos de qualquer tipo, atinge os
paredões de som, que ficam em carrocerias de carros.
De
acordo com a resolução, publicada no Diário Oficial da União desta
sexta-feira (21), “fica proibida a utilização, em veículos de qualquer
espécie, de equipamento que produza som audível pelo lado externo,
independentemente do volume ou frequência, que perturbe o sossego
público, nas vias terrestres abertas à circulação”.
A
infração é considerada grave, que equivale a cinco pontos na carteira
de habilitação, com multa de R$ 127,69 (vai subir para R$ 195,23 em 1º
de novembro) e retenção do veículo.
A regra
vale para veículos em movimento ou parados, como no caso dos paredões,
que ficam estacionados para as disputas de som. Os paredões são
realizados em festas nas quais carros disputam qual equipamento terá
melhor capacidade sonora para atrair pessoas para dançar.
Agora,
a fiscalização em Salvador que era de responsabilidade Secretaria de
Urbanismo (Sucom), também será realizada pelos agentes de trânsito.
Segundo a Sucom, a Transalvador participava das operações para apreensão
de som irregular, “verificando a situação do veículo”.
O
documento libera apenas “veículos de competição e os de entretenimento
público, somente nos locais de competição ou de apresentação devidamente
estabelecidos e permitidos pelas autoridades competentes”. O que não é o
caso das disputas de paredão que, segundo a Sucom, não recebem
liberação de alvará para serem realizadas, já que os equipamentos tentam
superar o volume do concorrente, aumentando os decibéis seguidamente.
De
acordo com o Contran, a resolução anterior previa a utilização de
decibelímetros para medir o nível de pressão sonora. A partir de agora,
qualquer agente de trânsito poderá registrar o auto de infração. Segundo
o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, não haverá
dificuldade para que a fiscalização seja realizada em Salvador.
“A
gente está estruturado pra fazer essa fiscalização. É muito comum a
gente ouvir os batidões de alguns carros, e vamos fiscalizar no rigor da
lei. Não haverá operações especiais nesse sentido”, explicou Muller.
A
resolução exclui buzinas, alarmes, sinalizadores de marcha-à-ré,
sirenes, pelo motor e componentes obrigatórios do próprio veículo.
22/10/2016 21h56
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